Rotina
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” – Miqueias 6.8
Vocês devem praticar estas coisas sem omitir aquelas! (Mt 23.23b)
Você já deve ter ouvido alguém dizer que o relacionamento e o trabalho de tal pessoa caiu na rotina! Isso não soa ruim? Como se com isso os indivíduos, ambientes e atividades mudassem.
Mas não é a rotina que nos faz ser quem somos, é quem somos que faz a rotina!
O nosso relacionamento diário com Deus é que define nossa identidade e nossas ações. Tudo parte daí, de entendermos que não falamos só de Deus, mas com Deus! De que trabalhamos para ele e não esquecemos que ele é o Senhor.
A Bíblia fala dos fariseus e escribas que ensinavam a lei, pregavam sobre Deus e davam dízimos, mas deixavam de lado a justiça, a misericórdia e a fidelidade. E assim mesmo consideravam-se puros e corretos. Em Mateus 23, porém, Jesus os adverte. Como puderam chegar a tal ponto? Como se perderam no meio do caminho? Talvez porque foram esquecendo pouco a pouco a preciosa rotina de se encontrar com Deus.
De fato, a rotina se torna sem sentido e mecânica quando não há mais paixão e expectativa naquilo que fazemos e com quem nos relacionamos. Por isso não se trata de apenas cumprir afazeres, assistir a programações, encontrar pessoas ou acumular benefícios. Trata-se de Deus, de esperar por ele!
Aquele Simeão de quem o evangelho de Lucas fala no capítulo 2 (25-32) parecia saber disso. Sua rotina de justiça, piedade e espera o levaram a ver o Cristo. Não sabemos o quanto esperou e quanto tempo guardou a palavra de que não morreria sem antes vê-lo. Mas o tempo não pareceu minar a rotina de amar o Senhor e de viver por ele.
Nossa rotina vale tanto quanto o conteúdo que a criou.
Graça e paz!!!