Limites

“Assim percorria Jesus as cidades e as aldeias, ensinando, e caminhando para Jerusalém. E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que se salvam? Ao que ele lhes respondeu: Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão. Quando o dono da casa se tiver levantado e cerrado a porta, e vós começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, abre-nos; e ele vos responder: Não sei donde vós sois; então começareis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas ruas; e ele vos responderá: Não sei donde sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade. Ali haverá choro e ranger de dentes quando virdes Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora. Muitos virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e reclinar-se-ão à mesa no reino de Deus. Pois há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.” Lucas 13.22-30

Acorrentas os meus pés e vigias todos os meus caminhos, pondo limites aos meus passos (Jó 13.27).

Uma acusação comum entre tantas outras é que o cristão seria estreito, popularmente chamado de careta – alguém que tem uma vida com limites, não tendo a mesma “liberdade” de outras pessoas. Muitos cristãos não gostam de ser chamados assim. E realmente não devem ser rotulados como pessoas estreitas em sentido pejorativo, pois na verdade o evangelho não é uma lista de proibições e sim um caminho que conduz à verdade e à vida eterna.

O perigo é que muitos cristãos, não querendo ser discriminados, são mais liberais do que aqueles que não frequentam nenhuma igreja. Acreditam que podem ser cristãos e viver normalmente, sem qualquer limite. Abusam da liberdade, transformando-a em libertinagem. Não devemos ter medo de ser considerados estreitos.

De fato, essa palavra deve expressar bem o nosso estilo de vida. Se quisermos ser cristãos dignos de levar o nome de Cristo, devemos até esforçar-nos em ser pessoas estreitas. Ser estreito é a forma de se aproximar de Deus. É preciso um caráter extraordinário para dizer não à tentação, para se restringir e se controlar. Não se contente com um nível comum, sirva de forma plena, como um especialista.

Lembre-se que ser estreito é viver com integridade, não com superficialidade. Não é ser limitador do próximo, mas cuidadoso com seu caráter pessoal – ser estreito não em apenas alguns detalhes, mas atento a todas as coisas. Nossa maior preocupação não deve ser o que parecemos aos olhos dos outros, mas como devemos comportar-nos para agradar a Deus.

O texto de Mateus 7.13 diz que muitos não seguem o caminho estreito, andam por um caminho amplo que conduz à perdição. O caminho amplo é o da vontade, do desejo que vai além do limite adequado. É preciso ter limites na vida e decisões guiadas pela Palavra e a vontade de Deus. Se isso é ser estreito, careta, antiquado, quadrado, que seja, mas é isso mesmo que devemos ser.

Alguns limites são importantes para uma comunhão ilimitada com Deus.

Graça e paz!!!

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