Holofotes

“O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes, e bebeu vinho na presença dos mil. Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem por eles o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas. Então trouxeram os vasos de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus que estava em Jerusalém, e beberam por eles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas. Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro e de prata, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra. Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na estucada parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo. Então se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram: as juntas dos seus lombos se relaxaram e os seus joelhos bateram um no outro. E ordenou o rei, com força, que se introduzissem os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores: e falou o rei e disse aos sábios de Babilonia: Qualquer que ler esta escritura, e me declarar a sua interpretação, será vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e será, no reino, o terceiro dominador.” Daniel 5.1-7

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus (Mt 5.3).

Éramos cinco numa mesa de uma das padarias mais nobres da capital paulista. Ali o pessoal da terceira idade aproveita as noites para discutir futebol. Alguns dos jogadores famosos comparecem para participar. Na ocasião, um deles se fazia de vedete, falando sem parar de suas proezas. Outro deles já havia saído e assim ele aproveitou a ausência de concorrentes. Em outro cenário, um comentarista social comentou a respeito de uma artista de fama mundial que, se não fizesse as loucuras que faz, não seria notada. Vale tudo para aparecer.

Essa foi a tática de Belsazar. Para ser notado como rei de um povo que conquistara nações e tesouros, mandou vir os utensílios levados do templo de Jerusalém pelo seu antecessor Nabucodonosor. Essa necessidade de holofotes custou-lhe caro. Ele deveria ter-se informado de quem era o Deus a quem aqueles utensílios serviam. Ah, se soubesse! Não era um deus de barro, pedra ou pau, que, no caso, seria um nada. O Deus daqueles utensílios era tão poderoso que poderia humilhá-lo na hora em que quisesse. E foi o que fez. Escreveu a sentença contra Belsazar na parede, bem no alto, à vista de todos. Daniel o informou que Nabucodonosor, sim, fora grande, mas cometeu o mesmo erro. Depois, arrependendo-se, teve o reino de volta. Assim falando, finalizou o sermão, lendo a escrita que mostrou a Belsazar o seu verdadeiro valor, ou seja, nenhum. Completando, anunciou-lhe a morte e a entrega do reino a estrangeiros.

Os holofotes da celebridade são muito atraentes, mas se apagam logo e Belsazar é um exemplo assustador disso. Todavia, a Bíblia também aponta o caminho oposto, mas esse fica por sua conta ler — está em Filipenses 2.3-11. Confira e faça bom uso dele. Este sim, vale a pena!

Despreze os holofotes. Prefira a aprovação divina.

Graça e paz!!!

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