Tribulação, mas Jesus no coração!

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação, Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.” II Coríntios 1:3-4.

É muito comum encontrarmos em nosso meio pessoas que acreditam de todo coração que quando alguém aceita Jesus os problemas se acabam, ou seja, uma vez fazendo parte do corpo de Cristo na terra, Deus tem a obrigação de nos guardar e de nos fazer prosperar em todos as áreas e em todos os sentidos; não podendo existir nada errado. Mas no mundo real não é isto que vemos, até porque poderia contar aqui um monte de histórias relacionadas a homens e mulheres de Deus comprometidissimos com  o Evangelho de Jesus.

Histórias de vários pastores sérios em seu relacionamento com Deus mas, que infelizmente sofreram e sentiram muitas vezes o golpe das tragédias e o gosto amargo das lutas e tribulações que machucam a alma e coração. Neste texto existem algumas informações importantes relacionadas a este assunto e a primeira é:

1.    Nosso Deus deve ser louvado e honrado por nós independente de sofremos ou não. (verso 1): – Ao iniciar este verso Paulo o faz com uma atitude de louvor e adoração a Deus, e este louvor e adoração ocorrem antes de Paulo no mesmo verso afirmar que de fato vivemos tribulações em nossas vidas. Porque não existe virtude alguma de alguém abrir sua boca para louvar a Deus apenas nos momentos de tranqüilidade. Portanto com dinheiro, na saúde, ou o inverso disto nosso Deus merece nossa adoração e louvor. Devemos encarnar o que Paulo diz na carta aos Tessalonicenses: “Em tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco em Cristo Jesus.”

2.    Nosso Deus se compadece de cada um de seus filhos. (verso 3): – Paulo afirma que Deus é o Pai de misericórdias, ou seja, é o Deus que olha para nossas mazelas, para nossa miséria com muita compaixão. E esta compaixão se traduz em seu zelo, em seu carinho, respeito e acima de tudo amor para conosco. Às vezes em função das lutas do presente, nos esquecemos deste amor e cuidado em outros momentos, mas a grande verdade é que quando tudo se encaixa, quando tudo vai muito bem em nossas vidas não é porque somos merecedores, mas sim porque fica evidenciado que Deus é realmente o Pai de toda misericórdia.

3.    Nosso Deus só é chamado de Deus de toda consolação porque existem sofrimentos. (versos 3-4): – Seria totalmente incoerente Deus ser chamado de Deus de toda consolação se fosse verdade que ao encontrar Jesus estivéssemos imunes a toda luta e sofrimentos. Isto porque para existir consolação devem existir antes sofrimentos, portanto ao afirmar que ele é o Deus de toda consolação se afirma que todos nós também sofremos. Mas louvado seja Deus porque temos recebido consolo da parte de Deus, pois Ele nunca abandona seus filhos.

Finalizando, lembro o que Pedro nos ensinou; onde ele diz para não nos envergonharmos se padecemos como cristãos, antes devemos glorificar a Deus com esse nome. Gostaria de citar uma frase que li em um livro:

“O homem reclama, grita, blasfema. Deus vê o sofrimento em silêncio, não é, porém, o silêncio da indiferença. Propósitos e finalidades superiores, ainda por nós incompreendidos presidem este silêncio”. Helmut Thielicke.

Graça e paz !!!

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